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Bordados Portugueses - Bordado da Lixa

No dia 30 de Julho celebra-se dia Internacional do Bordado e esta comemoração inspirou-nos a escrever sobre os bordados portugueses. 


Hoje falamos sobre o bordado da Lixa.



Num artigo sobre artesanato no Jornal da Lixa, o Professor Soares Gonçalves afirmou que "a Lixa não tem mar, mas tem bordados". 



Nos últimos anos, têm-se verificado algumas tentativas em trocarem o nome de “Bordados da Lixa” por “Bordados de Felgueiras”. A peculiaridade dos bordados da Lixa é o que os distingue dos de Guimarães, Barcelos, Viana do Castelo e até dos de Airães e dos de Tibaldinho, pelos seus pontos e motivos e pela singeleza do bordado a branco que os caracteriza. 



A característica mais evidente dos bordados da Lixa é o chamado “crivo simples”, que resulta do ponto de passagem na rede tecida com a técnica dos “fios tirados” ou ainda o bordado a cheio. Os bordados da Lixa distinguem-se aidna dos de Tibaldinho, pelos seus motivos. Enquanto que o bordado da Lixa usa em alguns motivos um cacho de uvas por aglomerado de ilhós sombreados, os de Tibaldinho usam uma folha de carvalho estilizada.



As linhas usadas são sempre de algodão branco. Os pontos mais usados nos bordados da Lixa são: o ponto a cheio, o ponto espinha, o ponto de recorte, o ponto de cesta aberta, os ilhós, os ilhós sombreados, o ponto rechelieu e o ponto cruz, o ponto grilhão, o ponto areia, o ponto nó, o rolinho nos contornos de alguns desenhos, o ponto pé de flor, o ponto canotilho, o ponto meia pena, o ponto aranha, entre outros.



Para se executarem, utiliza-se geralmente um bastidor de cartão em forma de tambor, onde se prendem os panos de linho com alguns alinhavos. Quando se trata de bordado a cheio, são utilizados uns travesseiros rectangulares de 45 cm x 30 cm de papelão, onde se prende o linho para bordar.



Boas Costuras!

Fonte: Paulo Lemos e Silva - "Bordados Tradicionais Portugueses". Tese de Mestrado, Universidade do Minho,  2006.

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